quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL




Actualmente o AVC (Acidente Vascular Cerebral), é uma das principais patologias a afectar a comunidade. Enquanto profissionais de saúde temos que investir cada vez mais na sua prevenção, sendo que, infelizmente temos que intervir após este ter ocorrido.
Podemos definir AVC como uma alteração aguda da irrigação cerebral com sintomatologia neurológica, nomeadamente, alterações do estado de consciência, paralisias e alterações ao nível da consciência.
O AVC pode ser isquémico ou hemorrágico, não podendo deixar de referir o AIT (acidente isquémico transitório).
  • AVC Isquémico

Etiologia- o quadro clínico de um AVC isquémico é originado em 85% dos casos pela diminuição do aporte sanguíneo ao cérebro, o que provoca a necrose do tecido cerebral, sendo que as principais causas poderão ser:
  • Oclusão trombótica de uma artéria cerebral ou de uma artéria de grande calibre, geralmente derivado à arteriosclerose;
  • Embolia arterial quando um coágulo ou uma placa de ateroma se solta e é arrastado pela corrente sanguínea até ao cérebro;
  • Êmbolos provenientes do coração, ex. (fibrilação auricular);
  • Muito raramente patologias vasculares de origem inflamatória.
Como causas principais/factores de risco podemos identificar:

  • HTA( Hipertensão Arterial)
  • Diabetes Mellitus
  • Hábitos tabágicos
  • Alterações do metabolismo lipídico (dislipidémia)
  • Uso de contraceptivos orais
  • AVC Hemorrágico

O AVC Hemorrágico é resultante de uma ruptura de uma artéria cerebral, sendo que a sua principal causa está associada à:

  • HTA

Sinais e sintomas de um AVC

A perda súbita das funções cerebrais é característica de um AVC, sendo que a associação de sintomas pode ser muito variável, dependendo da artéria afectada e consequentemente das zonas cerebrais afectadas. Assim, podemos referir o que se pode esperar aquando um AVC:

  • Paralisias unilaterais: total (hemiplegia), ou parcial (hemiparesia) da musculatura de um hemicorpo (direito ou esquerdo), sendo que de início a mesma é flácida, tornando-se espástica após alguns dias ou semanas. O único reflexo que está presente desde o início é o reflexo patológico de Babinski (extensão do dedo grande do pé e flexão dos restantes, quando se “raspa” o bordo lateral do pé);
  • Alterações da sensibilidade- sensações de entorpecimento ou parestesias, vulgarmente designadas por formigueiros;
  • Alteração do estado de consciência podendo este evoluir para um estado de inconsciência, designado COMA;
  • Afasia designa alterações da fala devido a uma lesão do SNC (sistema nervoso central), sendo que esta pode ocorrer por: oclusão da artéria cerebral média esquerda; alteração da compreensão ou da produção da fala, facilmente distinguíveis das alterações articulares;
  • Confusão Mental aguda, desorientação e apatia;
  • Apraxia (incapacidade de realizar determinados movimentos, apesar da mobilidade permanecer intacta).

É relevante referir que o hemicorpo afectado após um AVC é sempre o oposto ao lado do cérebro afectado.

Além do AVC, devemos ainda destacar o AIT (Acidente Isquémico Transitório) e a AIP (Acidente Isquémico Prolongado).

O Acidente Isquémico Transitório estende-se no máximo durante 24horas, sendo que os sinais e sintomas são apenas visíveis durante algumas horas ou dias, dependendo do tempo de alteração de irrigação cerebral. Como principais sinais neurológicos devem ser referidos: alteração da visão de um dos olhos durante curtos períodos de tempo (amaurose fugaz), alterações da sensibilidade ou da motricidade de curta duração. Infelizmente estes sinais ou sintomas são muita vez subestimados pelo utente, algo errado pois geralmente são indício de que algo de mais grave poderá ocorrer num futuro próximo.

O Acidente Isquémico Prolongado pouco difere do AIT, sendo que apenas a regressão dos sintomas demorará mais de 24horas, sendo no entanto completa.



Autores:
Alunas de Enfermagem da Escola Superior de Saúde de Portalegre
15ª Licenciatura de Enfermagem
Inês Duque
Joana Jorge






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