quinta-feira, 9 de junho de 2016

DIA DA CRIANÇA 2016

Sob o tema Solidariedade, festejou-se no passado dia 01 de Junho de 2016 o Dia da Criança na zona ribeirinha de Ponte de Sor.
Os profissionais do Centro de Saúde de Ponte de Sor, não quiseram perder a oportunidade de fazer parte desta comemoração. 
Agradecemos o convite do Município de Ponte de Sor e o carinho deixado pelas crianças e comunidade educativa!




quinta-feira, 28 de abril de 2016

LAÇO HUMANO AZUL CONSTRUÍDO EM PONTE DE SOR


Prevenir é uma responsabilidade de todos!

Foi o que aconteceu no dia 27 de Abril pelas 10:30 h, junto ao edifício dos Paços do Concelho, com a construção do LAÇO HUMANO AZUL. Com uma peça de roupa azul representantes de diversas instituições de ensino e de solidariedade social, juntamente com os eleitos locais, criaram o símbolo da Campanha de Prevenção dos Maus Tratos Infantis.
O Centro de Saúde de Ponte de Sor também se fez representar!


quarta-feira, 20 de abril de 2016

DIA MUNDIAL DA SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

Decorrente do assunto acima exposto, foi promovido pelo Serviço de Saúde Ocupacional da ULSNA, EPE o Workshop "Procedimento em Caso de Acidente de Exposição ao Sangue e Fluidos Orgânicos" no Centro de Saúde de Ponte de Sor no dia 18 de Abril de 2016.
Fica o registo do coffe break.



quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

CUIDADORES INFORMAIS DE DOENTES COM AVC


Estudos demostraram que dois terços das pessoas que tiveram AVC (Acidente Vascular Cerebral) ficam com sequelas ao nível da dificuldade motora, da comunicação e do comprometimento psicofisiológico. As alterações motoras têm forte influência na qualidade de vida e no grau de dependência. Para estes doentes, existe assim uma limitação ao nível das atividades de vida diárias, podendo prejudicar o manuseamento de objetos, a mobilidade, e os cuidados de higiene, aos quais ficam restritos devido às disfunções decorrentes da doença. No entanto, nem todas as pessoas ficam com as mesmas limitações, pois a área do cérebro que é afetada pelo AVC é que vai definir e condicionar qual o hemicorpo afetado.

Estas sequelas resultantes de AVC têm duração e limitações variadas, normalmente a recuperação é de médio e longo prazo e implicam em variações no grau de dependência dos cuidados. Por essa razão a recuperação do doente envolve esforços conjuntos dele e de sua família alem dos profissionais de saúde, tanto no âmbito hospitalar quanto fora dele. Diante dessas situações são necessárias algumas garantias para facilitar a manutenção e recuperação do equilíbrio na saúde, principalmente quando existe insuficiência de recursos financeiros.

Cuidadores Informais

As pessoas que apresentam sequelas de AVC podem ser totalmente ou parcialmente dependentes, sendo que é necessário um cuidador e por vezes por escassez de recursos, entre outros, o cuidador passa a ser alguém da família ou amigo, tornando-se num cuidador informal.

Os cuidadores de pessoas dependentes em Portugal sofrem de depressão, são na maioria mulheres (92%), têm uma média de idade de 62 anos. O estudo "Familiares Cuidadores de Pessoas Dependentes", cujo responsável é Carlos Sequeira, professor na Escola Superior de Enfermagem do Porto e presidente da Sociedade Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental, conclui também que o "Estado dá muito poucas ajudas" aos cuidadores e que mais de 70% dos cuidadores sofrem de uma "sobrecarga de trabalho", que abrange tanto trabalho físico, como trabalho emocional.” (Lusa, 2015)

Quando uma pessoa se torna cuidador acaba por deixar para segundo plano as próprias necessidades e muitas vezes surgem determinadas dificuldades, sentimentos e necessidades relacionadas com a falta de informação sobre a doença e o cuidar do outro, com a falta de recursos, de apoio económico e a falta de suporte emocional, tornando-se assim um cuidador cansado e muitas vezes saturado.

Testemunho de um Cuidador de alguém com AVC

Para ter uma melhor perceção sobre a relação entre cuidador e um doente com AVC foi recolhido o testemunho de uma cuidadora informal. O marido sofreu um acidente na tropa tornando-o paraplégico e foi a partir desse momento que se tornou cuidadora. Há 7 anos o senhor teve um AVC, que lhe afetou o membro superior direito com compromisso da comunicação. Apesar do acidente que o deixou paraplégico, a sua vida social não sofreu alterações drásticas, permanecia uma pessoa ativa, dedicando-se á pintura, chegando ainda a vender muitos desses quadros.

Colocámos questões á cuidadora para entender os sentimentos de ambos. Neste momento o senhor tem 54 anos apenas emite alguns sons e poucas palavras, o membro superior esquerdo está funcional colaborando com o mesmo, conseguindo assim adaptar-se às suas limitações, apesar de nunca ter feito reabilitação motora e terapia da fala. Durante a entrevista ficou uma pergunta em aberto, “ Será que a terapia da fala faria com que neste momento a comunicação não estivesse comprometida?”, uma vez que o senhor tinha potencial para ser submetido á reabilitação da fala. Ao longo destes anos a cuidadora foi estimulando-o, bem como a equipa do centro de saúde que se desloca ao seu domicílio. Aí efetuam o levante e a transferência para a cama. A pouca estimulação que teve, já lhe permitiu dizer algumas palavras, deste modo se a área de wernicke que é a área do cérebro responsável pela linguagem falada e escrita fosse devidamente estimulada ou seja na altura correta (logo após ao acidente) e com o acompanhamento adequado (equipa multidisciplinar) poderiam ter sido obtidos bons resultados.

Com isto conseguimos entender o quão importante é a parte social, no entanto quando o senhor teve o AVC, amigos e alguma família deixaram de o visitar porque não queriam lidar com o facto de não o entenderem. A frustração é de ambas as partes, pois o senhor compreende o que lhe dizem apenas não consegue comunicar através da fala. De certo modo é necessário um esforço para compreendê-lo e as pessoas não estavam dispostas para tal, porem a privação da vida social influenciou de forma negativa na sua recuperação.

Socialmente a comunidade discrimina, colocando de parte as pessoas com esta patologia. Mas como foi referido anteriormente o convívio com outras pessoas é bastante relevante para a reabilitação.

Devemos ter sempre em consideração a situação do outro, tentando compreender as suas patologias, não fazendo juízos de valor errados e discriminatórios.



Autores:

Alunas de Enfermagem da Escola Superior de Saúde de Portalegre
15ª Licenciatura de Enfermagem
Ines Duque
Joana Jorge

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL




Actualmente o AVC (Acidente Vascular Cerebral), é uma das principais patologias a afectar a comunidade. Enquanto profissionais de saúde temos que investir cada vez mais na sua prevenção, sendo que, infelizmente temos que intervir após este ter ocorrido.
Podemos definir AVC como uma alteração aguda da irrigação cerebral com sintomatologia neurológica, nomeadamente, alterações do estado de consciência, paralisias e alterações ao nível da consciência.
O AVC pode ser isquémico ou hemorrágico, não podendo deixar de referir o AIT (acidente isquémico transitório).
  • AVC Isquémico

Etiologia- o quadro clínico de um AVC isquémico é originado em 85% dos casos pela diminuição do aporte sanguíneo ao cérebro, o que provoca a necrose do tecido cerebral, sendo que as principais causas poderão ser:
  • Oclusão trombótica de uma artéria cerebral ou de uma artéria de grande calibre, geralmente derivado à arteriosclerose;
  • Embolia arterial quando um coágulo ou uma placa de ateroma se solta e é arrastado pela corrente sanguínea até ao cérebro;
  • Êmbolos provenientes do coração, ex. (fibrilação auricular);
  • Muito raramente patologias vasculares de origem inflamatória.
Como causas principais/factores de risco podemos identificar:

  • HTA( Hipertensão Arterial)
  • Diabetes Mellitus
  • Hábitos tabágicos
  • Alterações do metabolismo lipídico (dislipidémia)
  • Uso de contraceptivos orais
  • AVC Hemorrágico

O AVC Hemorrágico é resultante de uma ruptura de uma artéria cerebral, sendo que a sua principal causa está associada à:

  • HTA

Sinais e sintomas de um AVC

A perda súbita das funções cerebrais é característica de um AVC, sendo que a associação de sintomas pode ser muito variável, dependendo da artéria afectada e consequentemente das zonas cerebrais afectadas. Assim, podemos referir o que se pode esperar aquando um AVC:

  • Paralisias unilaterais: total (hemiplegia), ou parcial (hemiparesia) da musculatura de um hemicorpo (direito ou esquerdo), sendo que de início a mesma é flácida, tornando-se espástica após alguns dias ou semanas. O único reflexo que está presente desde o início é o reflexo patológico de Babinski (extensão do dedo grande do pé e flexão dos restantes, quando se “raspa” o bordo lateral do pé);
  • Alterações da sensibilidade- sensações de entorpecimento ou parestesias, vulgarmente designadas por formigueiros;
  • Alteração do estado de consciência podendo este evoluir para um estado de inconsciência, designado COMA;
  • Afasia designa alterações da fala devido a uma lesão do SNC (sistema nervoso central), sendo que esta pode ocorrer por: oclusão da artéria cerebral média esquerda; alteração da compreensão ou da produção da fala, facilmente distinguíveis das alterações articulares;
  • Confusão Mental aguda, desorientação e apatia;
  • Apraxia (incapacidade de realizar determinados movimentos, apesar da mobilidade permanecer intacta).

É relevante referir que o hemicorpo afectado após um AVC é sempre o oposto ao lado do cérebro afectado.

Além do AVC, devemos ainda destacar o AIT (Acidente Isquémico Transitório) e a AIP (Acidente Isquémico Prolongado).

O Acidente Isquémico Transitório estende-se no máximo durante 24horas, sendo que os sinais e sintomas são apenas visíveis durante algumas horas ou dias, dependendo do tempo de alteração de irrigação cerebral. Como principais sinais neurológicos devem ser referidos: alteração da visão de um dos olhos durante curtos períodos de tempo (amaurose fugaz), alterações da sensibilidade ou da motricidade de curta duração. Infelizmente estes sinais ou sintomas são muita vez subestimados pelo utente, algo errado pois geralmente são indício de que algo de mais grave poderá ocorrer num futuro próximo.

O Acidente Isquémico Prolongado pouco difere do AIT, sendo que apenas a regressão dos sintomas demorará mais de 24horas, sendo no entanto completa.



Autores:
Alunas de Enfermagem da Escola Superior de Saúde de Portalegre
15ª Licenciatura de Enfermagem
Inês Duque
Joana Jorge