segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

O PRAZER NO QUE SE FAZ

Palavras-chave: O prazer no que se faz. Trabalho em equipa. Conflito. 1. Uma das razões pelas quais se trabalha diz respeito ao prazer que se obtém. O trabalho é o nosso cartão de visita, o qual nos concede uma identidade social. Na verdade, somos o que fazemos, mas se não gostarmos daquilo que fazemos, estar-se-á a menosprezar essa identidade. Hoje, o prazer é fundamental para o sucesso profissional, senão, observe-se, profissionais que estejam realizados no seu dia a dia de trabalho, são responsáveis por uma empatia que gera efeitos multiplicadores positivos. Profissionais negativos “anestesiam” equipas e atitudes negativas provocam resistência à mudança e desempenhos insatisfatórios. Se cada um de nós não trabalhar com prazer, dificilmente se poderá aperfeiçoar profissionalmente. Lembre-se que é preciso reconhecer-se no “projecto” onde trabalha, admirá-lo e comprometer-se a apoiá-lo durante todo o seu desenvolvimento e não menos importante, sentir-se útil. 2. Fundamental é também o trabalho em equipa. Já se deu conta de que todos têm um papel valioso? Todos os profissionais do Centro de Saúde, sem excepção, são importantes. Muito se pode dizer sobre o trabalho em equipa, mas ficam apenas algumas ideias. A equipa representa uma unidade básica de desempenho, associando competências complementares, experiências e perspectivas de várias pessoas. As equipas têm um maior desempenho do que quem trabalha isoladamente. Reconhecer que todos os colaboradores, seja a que nível for, têm um papel importante a desempenhar no sucesso da organização é essencial. O trabalho em equipa representa um conjunto de valores que deve encorajar as pessoas a ouvir pontos de vista expressos por outros. Numa equipa eficaz a atmosfera tende a ser informal, confortável e descontraída. Todas as ideias devem receber atenção. As pessoas não receiam que as considerem “tolas” por partilharem uma ideia criativa, mesmo que esta pareça um pouco radical. Existe como é natural também desacordo. A equipa não elimina nem ultrapassa precocemente os desentendimentos. Examinam-se minuciosamente os seus fundamentos e tenta-se resolvê-los. Fazem-se críticas frequentes, francas e relativamente confortáveis. Não se verificam ataques pessoais, abertos ou subentendidos. As pessoas podem expressar livremente os seus sentimentos bem como as suas ideias, sejam elas sobre o problema, ou sobre as operações do grupo. Não existem lutas de poder no seio da equipa. A questão não é saber quem controla, mas saber cumprir as tarefas. O controlo deve ser substituído por responsabilização. Se pedirmos às pessoas para tomarem decisões, então, é muito importante apoiá-las quando as coisas correm mal, porque, senão, nunca mais decidem nada, quando as coisas correm menos bem – o que pode acontecer? Tenta-se encarar esse facto como uma experiência de aprendizagem. Pergunta-se “ O que é que correu mal?” em vez de “De quem é a culpa?”. Não se procuram bodes expiatórios. A chave é fazer melhor da próxima vez, para não repetir o erro. 3. Outro aspecto que importa referir, diz respeito ao conflito. É certo que o conflito é inevitável nas organizações. Pode ser um sinal de que a organização é saudável. Ao mesmo tempo, entenda-se também, um acordo sistemático em tudo seria pouco natural, devem existir choques de ideias. Contudo, o conflito torna-se contraproducente sempre que se baseia em choques de personalidade. Lidar com conflitos entre pessoas pode ser bastante difícil. O conflito pode ser abertamente hostil ou subtilmente dissimulado, mas poderá envolver sentimentos pessoais muito fortes. Quase todas as organizações contam com a sua quota-parte de assuntos menores que foram empolados em grandes conflitos. Caberá a cada um de nós profissionais fazer um esforço para se evitarem situações desnecessárias, as quais irão depois, dar originem a conflitos. Caso se chegue a uma situação de conflito, poder-se-á, por exemplo, procurar controlar a situação, isso pode implicar evitar a interacção. Evitar as interacções é a estratégia a usar quando as emoções estão ao rubro. Controla-se o conflito, mantendo as pessoas afastadas, na esperança de que, apesar de ainda existirem diferenças, possam ter tempo para acalmar-se e ponderar abordagens mais construtivas. Porém, isto pode apenas ser um “curativo” temporário, onde se está apenas, a adiar algo que se pode tornar mais explosivo. Poder-se-á recorrer a um outro método, que é o confronto construtivo. Serve para aproximar as pessoas no conflito, preferencialmente, com uma terceira, cujo objectivo é ajudar a estabelecer um clima de exploração e de cooperação. Pretende-se que as partes em conflito analisem as perspectivas e os sentimentos uma da outra (processo de desenvolvimento de compreensão mútua para produzir uma situação de vencedor/vencedor). Os pontos são confrontados, fazendo-se uma análise conjunta, com a ajuda de uma terceira parte, isto quanto aos factos opostos e segundo os comportamentos das duas partes. Os sentimentos serão libertados, mas também analisados quanto a acontecimentos específicos e a comportamentos, em vez de se fazerem deduções/especulações sobre os motivos. A terceira parte tem um papel nada fácil, já que precisa de conseguir um acordo quanto às regras das discussões, onde se pretende clarificar os factos e reduzir comportamentos hostis. É também preciso controlar-se a forma como se manifestam sentimentos hostis e encorajar-se as partes a produzirem novas definições do problema e das causas, bem como novos motivos para se atingir uma resolução comum. O mediador não pode apoiar, ou indicar apoiar, qualquer um dos implicados. 4. Outro pensamento interessante é lembrarmo-nos de que não há sítios perfeitos e que cabe a cada um de nós transformar dificuldades em oportunidades, é uma questão de atitude. Um obstáculo pode ser encarado como um amigo e caso a pessoa assim o entenda, poderá aprender através dele e portanto, poder evoluir. Ser feliz é uma questão de percepção.
Jorge Mourato
Psicólogo

MAIS E MELHOR INFORMAÇÃO

A base fundamental deste jornal é informar e divulgar actividades do Centro de Saúde, desta forma, pertencendo à área administrativa poderei tentar elucidar os leitores/utentes da funcionalidade das nossas tarefas para que os mesmos possam entender um pouco o nosso trabalho e ao que estamos também condicionados pelos aspectos organizativos dos serviços os quais não dependem de nós. Torna – se importante referir que a falta de recursos humanos face à diversidade de tarefas e serviços, por vezes, traduz – se num tempo de espera demorado com consequente dificuldade de um atendimento de qualidade. Para que possam aceder e beneficiar dos serviços de saúde de uma melhor forma, é importante que os utentes estejam informados acerca das regras e normas do Centro de Saúde. Os utentes tem os seus direitos no entanto não devem esquecer que também têm deveres. Os profissionais de Saúde (médicos, enfermeiros e administrativos) também têm regras a cumprir, daí as exigências para com os utentes. Se todos cumprirmos um pouco as regras, melhor beneficiaremos dos serviços. É importante que os utentes tentem conhecer as normas de marcações de consulta, os horários dos seus médicos de família, para não se deslocarem em vão ao Centro. Devem também colaborar com os serviços utilizando a caixa de sugestões, é fundamental a opinião de quem utiliza serviços, ajudando-nos a melhorar. Existem também leis que atribuem benefícios aos utentes, tais como isenção do pagamento de taxas moderadoras, o Regime Especial Comparticipação Medicamentos, O Complemento Solidário para o Idoso, os Cheques Dentista, no entanto tais benefícios terão de ser comprovados aos administrativos através de respectivos documentos. Encontram-se afixados no Centro de Saúde placards com toda a informação acerca desses benefícios e a quem se dirigem, a fim de serem consultados por todos…
Procuramos orientar os utilizadores dos serviços de saúde, oferecendo mais e melhor informação.
Miriam Silvestre Floriano
Assistente Administrativa

A DIABETES

A DIABETES é uma doença endócrina, que se caracteriza pela fraca ou inexistente produção de insulina, por parte do pâncreas, ou por resistência à mesma, que leva a um aumento da concentração de açúcar no sangue (hiperglicemia).Podem distinguir-se dois tipos de diabetes: - O Tipo 1, em que o pâncreas cessa de vez a produção de insulina, e torna-se necessário administrar a insulina por outra via (injecções subcutâneas); - O Tipo2, mais comum nos países mais avançados, em que o corpo apresenta resistência à absorção da insulina existente no sangue. Este tipo de diabetes pode ter vários tratamentos: uma dieta mais rigorosa, comprimidos que permitem diminuir a resistência à insulina, ou em casos mais acentuados, a administração de insulina. É no entanto sempre essencial a prática de exercício físico. É uma doença em crescimento, que atinge cada vez mais pessoas em todo o mundo e em idades mais jovens. No entanto, há grupos de risco com fortes probabilidades de se tornarem diabéticos: - Pessoas com familiares directos com diabetes; - Homens, mulheres e crianças obesos; - Homens e mulheres com tensão arterial alta ou níveis elevados de colesterol no sangue; - Mulheres que contraíram a diabetes gestacional na gravidez; - Crianças com peso igual ou superior a quatro quilogramas à nascença; - Doentes com problemas no pâncreas ou com doenças endócrinas. Manifesta-se através dos seguintes sintomas: - Urinar em grande quantidade e mais vezes, especialmente durante a noite (poliúria); - Sede constante e intensa (polidipsia); - Fome constante e difícil de saciar (polifagia); - Fadiga; - Comichão (prurido) no corpo, designadamente nos órgãos genitais; - Visão turva; - Emagrecer rapidamente. Para medir a concentração de açúcar no sangue obtém-se uma amostra de sangue do doente, que deverá estar em jejum pelo menos 8 horas antes do exame, podendo-se também obter depois de comer. É normal um certo grau de elevação dos valores do açúcar no sangue depois de comer, mas mesmo então os valores não deverão ser muito elevados. É diabético, se tiver uma glicémia ocasional de 200 mg/dl ou superior com sintomas; ou se tiver uma glicémia em jejum (8 horas) de 126 mg/dl ou superior em duas ocasiões separadas num curto espaço de tempo. Segundo dados da Associação de Jovens Diabéticos de Portugal (AJDP), a diabetes afecta cerca de 194 milhões de pessoas em todo o mundo e é a quarta causa de morte nos países desenvolvidos. Em Portugal, estima-se que a doença atinja cerca de 650 mil pessoas. Para assinalar o Dia Mundial da doença, que pelo segundo ano se dedica às crianças e adolescentes, a APDP e a Sociedade Portuguesa de Diabetologia (SPD) promoveu o projecto «Portugal de azul Unido pela Diabetes» que, além de iluminar com esta cor alguns edifícios e monumentos nacionais (à luz do que se fez um pouco por todo o mundo), desenvolveu uma acção de sensibilização. No dia 14 de Novembro, no Centro de Saúde, em Ponte de Sor, os profissionais comemoraram a data decorando o edifício de azul e fortalecendo mensagens sobre a «importância da adopção de hábitos de vida saudáveis». “Construí amigos, enfrentei derrotas, venci obstáculos, bati na porta da vida e disse-lhe: Não tenho medo de vivê-la.” (Augusto Cury)

Sandra Costa

Enfermeira